sábado, 21 de agosto de 2010

ESPECIAL LIMA CAMPOS CEARÁ BRASIL



Lima Campos


O açude é o marco deste Distrito de Icó. Oasis meio ao deserto, o seu açude é um dos mares do sertão, interligado ao Orós por túneis.

Em seu entorno o amplo e fértil Perímetro Irrigado Icó-Lima Campos, gerenciado pelo DNOCS. Um amplo projeto de assentamento rural, fruto dos planos de vários governos desde os anos de 1930 e hoje meio negligenciado.

Ali se pode saborear as peixadas de tilápia e tucunaré, com seu apetitoso pirão. É Lima Campos. Protegido por São Sebastião, o defensor das pestes e epidemias – acho que nelas estão o flagelo da fome e da sede.

De povoado às voltas das terras de Fructuoso Dias, cuja maior herdeira fora Dona Janoca Dias, a Dona Janoca do Icó (1848-1935), de cuja personalidade surgiu muitas lendas e fabulosas riquezas.

O povoado torna-se Distrito do Icó através do Decreto Estadual nº 1156, de 4 de dezembro de 1933. Esse Decretou criou vários distritos, reformulou territórios, mudou o nome de outras cidades, povoados, vilas e outras localidades.

O desenvolvimento da povoação surge em função da construção do Açude do Estreito, que inundou grande parte das terras que se espraiavam cheias de gado pelos férteis vales. Mas era a necessidade de armazenar água para o sertão.



“O projeto para construção do açude foi elaborado em 1912 e 1913 por determinação do antigo IFOCS. Saiu do papel na seca de 1932, quando houve intenso êxodo rural e morte de muitos agricultores. Naquele ano, choveu pouco e havia milhares de flagelados no sertão do Ceará.

A mão-de-obra na época queria apenas um prato de comida para não morrer de fome em troca de trabalho. O trabalho para a construção do açude foi braçal e havia apenas ajuda de animais de carga. Milhares de flagelados foram alistados para o início da obra. Muitos foram transportados de trem até a estação de Água Verde que ficava próxima à localidade de Estreito. Outros foram a pé”.



Seu nome uma homenagem ao Inspetor da Inspetoria Federal de Obras Contra as Secas - IFOCS o Eng.° Artur Fragoso de Lima Campos, maranhense de São Luiz, nascido em 1892, e que morreu em 26 de abril de 1932 vitimado no desastre de aviação do “Savoia Marchetti” ocorrido em Salvador (BA), quando regressava do Nordeste a serviço da Inspectoria.

Nenhum comentário:

Postar um comentário