Sobrevoando o mato
Molhado pelo orvalho
Voava o Pintassilgo
Sobre as folhagens
Pousavam em um galho
O Sabiá e o Bem-te-vi
Bem perto da vazante
Com sua cor cintilante
Cantava o Azulão
Na copa do angico
Corruchia o Tico-tico
A mais bela canção
Do alto da serra
O Canário da terra
Observa o Cancão
Que foge feito um danado
Pulando de galho em galho
Das garras do Gavião
Observando o cenário
Estava olhando o Canário
Lá no pico da serra
Quando chega a Viana
Com jeitinho leviana
Imitando uma fera
O Gavião assustado
Fugiu feito um danado
Deixando para trás o Cancão
Descendo a ladeira
Passando na cachoeira
Mexe no ninho do Carão
A vida do meu sertão
É cheia de emoção
Com melodias matinais
Tem as mais belas canções
Que enche os corações
Com ritmos naturais
Poema do Professor e Poeta, Nonato Bertoldo
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