Na minha adolescência
Do nosso divertimento do tempo de adolescente
No meu querido inesquecível Jardim de Piranhas,
Do jogo na quadra na rua velha,que era frequente
Ao entardecer era sagrado o banho no rio piranhas
Na volta entrava no bar pra beber uma aguardente
Dos rachas por trás da Escola Marinheiro Saldanha
Onde a gente fazia naquele local um grande evento
Era num campinho de travinha com poucas manhas
Praticava também outras brincadeiras do momento
Como sempre terminava no banho no rio piranhas
E os saltos da varanda da ponte voando feito vento
Outros locais que não posso me esquecer de banho
Eram os açudes que ficavam nos arredores da cidade
O açude de Chico Nicolau que era de menor tamanho
Tinha o açude da fome e da santa de pouca utilidade
Eu não tinha muito interesse de ir tomar esse banho
Era tão afastado que muitas vezes perdia a vontade
No campo Santo Amaro o jogo no final de semana
Uma rivalidade entre o Corinthians e o Fluminense,
E entre equipe da região e todo terminava na cana
No bar do escolha, baluarte torcedor do fluminense
Fazíamos a festa com mui cerveja, tira gosto e cana
Por conta de Tiquinho o presidente do Fluminense
Na praça Pe. João Maria tinha um campo pra se jogar
Também no improviso onde a gente rachava de tarde
O jovem divertia,aquilo parecia um parque de brincar
Era coisa simples, mas a gente se divertia a vontade
Não tenha clube, nem estádio, somente aquele lugar
Lá se praticava um lazer simples, porém, de verdade
Quando anoitecia tomava-se rumo da nossa pracinha
Era o local mais visitado aonde os jovens passeavam
Dando volta na praça para encontrar a namoradinha
Contavam piadas, outros paqueravam e namoravam
O namoro sentado no banco ou pegado na mãozinha
Tudo com muito respeito saiam do jeito que voltavam
Só que tinha hora certa de levar a garota na casa dela
E com muito respeito,só tinha um carinho e um abraço
Bem! na madrugada tinham as serenatas nas janelas
A namorada ficava dentro de casa e não davam espaço
Quando o pai da garota acordava era sebo nas canelas
Nego se perdia na escuridão do tênis vinha um cadarço
Isso porque os velhos tinham que dormir para trabalhar
Voltávamos para pracinha e íamos jogar conversa fora
Não tinha nada de ficar de bebedeira nem de se drogar
Quando o corujão passava nós retornávamos pra casa
Porque a gente tinha também de estudar e de trabalhar
Não éramos desocupados tínhamos vergonha na cara
No final de semana os jovens iam para suarê na boate
Ou uma festa calorosa na escola Marinheiro Saldanha
As danças no final dos anos setenta parecia mais arte
Musicas internacionais não sabíamos mas tinha manha
Os trajes tão esquisitos que pareciam seres de marte
Como aquilo era uma moda ninguém achava estranha
No estudo não posso deixa de falar do ônibus escolar
Os jovens que estudavam em Caicó, não só estudavam
Transformavam aquela viagem num passei para vadiar
O único jeito dos jovens viajarem, como eles gostavam
Também uma fonte de lazer pra sair,namorar e brincar
Na volta era divertido: uns dormiam outros cantavam
Nonato Bertoldo (Ceará)
Nenhum comentário:
Postar um comentário