Os banhos de açude nas tardes quentes, à sombra das mangueiras e cajazeiras, em volta da panela ardendo, atulhada de peixes.
As benzedeiras, acudindo nas horas difíceis da doença. As festas exclusivas para os pretos.
As rodas de caretas chicoteando falsos ladrões.
O medo do Nego d'Àgua nas noites que a lua reluz no espelho do açude. Os festejos e milagres de São Sebastião. As festas do Senhor do Bonfim, no Icó. As inúmeras peixadas que, através de décadas, atraem pessoas de fora.Apenas uma pequena parte do universo infinito dos viventes de Lima Campos, pessoas oriundas, em sua maioria, de outros sertões do Ceará e de estados vizinhos. Habitantes do Reino do Louro, comedores e fazedores de peixada que, desde a construção do açude, em 1932, vêm misturando sangue e cultura.
Extraìdo do livro:
Bem vindo ao reino do louro e da peixada
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