No passado foi pescador e agora é proprietário de uma das duas peixadas situadas na praça principal de Lima Campos,ele resume: " A gente se encontra na peixada eo açude tá sempre aqui pra nós".
Monossilábico em repostas que dizem respeito a outros assuntos, Xixico desata a língua quando fala de peixada. Ele relembra a peixada de José Viana e tem notícias de que em 1951 já existia peixada comercial em Lima campos.
Pertencia ao senhor Rosemiro, do qual não recorda o sobrenome. É categórico quando diz mesmo antes de 1951, mesmo antes da peixada do Rosemiro, já existia a do Zé Ramos.
Situa as peixadas antigas nos mesmos locais, onde hoje estão os restaurantes dele e do Zeca.
Sobre o fornecimento de peixes para as peixadas de ontem e de hoje, revela:
" Antigamente o peixe era todo daqui, porque o movimento era mais pouco, né. Agora tem muito movimento, aumentou muito né. Agora tem muita gente né. Ai o consumo do peixe num dá pra ser só o daqui, mas na época passada, o peixe era todo daqui do açude..."
Para atender a demanda, Xixico possuía canoas que eram entregues a pescadores.
Bastava, mas com a fama da peixada de Lima Campos se espalhando por toda a parte, o açude não estava mais dando conta do recado e ele teve que ir buscar peixe em outras paragens.
Peixe cozido, peixe frito, pirão, vinagrete, arroz branco e baião - de - dois. De um tempo para cá, mais o filezinho de peixe, solução para melhor aproveitar o pescado e uma nova delícia que aumenta a fama da peixada de Lima Campos.
Sobre o peixe preferido dos que se achegam a Lima Campos, Xixixo diz que sua peixada pode oferecer peixes como a matuta e pescada, mas a maioria só pede mesmo o tucunaré, é difícil da acontecer, diz mas uma vez ou outra chega alguém que dstoa da maioria e pede algo diferente, ova de curimatã, por exemplo.
Dai ser necessário ter sempre estoques de outras variedades de peixes que não tucunaré saia contrariado.
Para Xixico, o segredo da fama da peixada de Lima Campos é a satisfação de quem conhece.
Extraído do livro: Bem Vindo ao Reino do Louro e da Peixada. (José Mapurunga)
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