Foto: Honório Barbosa |
Na sede da Vila de Lima Campos, praças e terreno, em frente às peixadas, onde deveriam ser construídos área de lazer, com equipamentos para a prática de esporte e atividades artísticas, e estacionamento, estão abandonados FOTO: HONÓRIO BARBOSA
Na sede da Vila de Lima Campos, um amplo terreno, localizado bem em frente às peixadas, onde deveria ser construída uma área de lazer, com equipamentos para a prática de esporte e atividades artísticas, além de estacionamento para os veículos, está abandonado. Uma pracinha antiga também permanece quebrada há mais de duas décadas, sem nenhuma obra.
Governadores, secretários de Estado e gestores municipais defendem o incentivo ao turismo no sertão do Ceará. Em alguns pontos faltam equipamentos adequados. Em outros, são construídos balneários, mas não há público e, por isso, são desativados. "Forma-se um ciclo defeituoso", observa o bacharel em Turismo, João Farias. "Não há fluxo de turista porque não há estrutura e não há estrutura porque não há público".
Em Lima Campos, existe o atrativo principal que é a gastronomia local. Há mais de três décadas, visitantes vão ao distrito saborear a peixada de tucunaré (peixe frito, cozido, pirão e as porções de filé, com guarnições de arroz branco e o tradicional baião-de-dois). "Aqui temos a maior frequência de turistas da região Centro-Sul", afirma João Farias. "Há necessidade, entretanto, do poder público local buscar apoio do Governo do Estado e do Ministério do Turismo para implantar um projeto urbanístico moderno que acolha bem o turista", defende ele.
Os visitantes lamentam a falta de espaço para estacionar os veículos. "É triste ver essa pracinha quebrada há vários anos", disse o técnico em informática, Paulo Melo. "Os carros ficam no sol porque não há estacionamento coberto". A partir deste mês, com o início das férias escolares e a realização de festas religiosas em Icó, aumenta o fluxo de visitantes à Vila de Lima Campos.
Diariamente, as duas peixadas que funcionam no local, a Peixada do Zeca e do Xixico, estão lotadas. São tradicionais e começaram a funcionar na década de 1960. No fim de semana, o número de comensais triplica. O movimento é intenso nessa época do ano. "Até fevereiro, teremos uma boa movimentação de clientes", espera o empresário Jose Gomes Loyola (Zeca).
O setor espera que as vendas cresçam cerca de 20% no trimestre (dezembro, janeiro e fevereiro) em relação ao mesmo período anterior.
"É um ponto que acolhe visitantes ao longo do ano. Deveria haver uma melhoria", disse o empresário Luis Carlos Nogueira.
O secretário de Infraestrutura de Icó, Dárcio Pinto, disse que há um projeto de requalificação urbana para construção de uma nova praça e de um estacionamento. "O projeto já foi encaminhado, há mais de um ano, mas não conseguimos obter a liberação de recursos para a realização da obra", explicou. "Sabemos que Lima Campos é um local de atração turística e que tem como referência a peixada".
Há um movimento local que anseia a emancipação do distrito de Lima Campos que alcançaria a condição de cidade a partir do desmembramento de Icó. Entretanto, essa questão não avançou no Ceará. Havia uma expectativa entre os moradores de que nas eleições municipais passadas houvesse a realização de plebiscito para a consulta à população, mas a questão não foi incluída pela Justiça Eleitoral.
O prefeito eleito de Icó, Jaime Júnior, disse que uma de suas prioridades será a melhoria de infraestrutura urbana da sede de Lima Campos. "Vamos realizar obras no entorno das peixadas para acolher melhor os turistas e visitantes", disse.
Vendas
20% é a estimativa de crescimento nos negócios turísticos do entorno do Açude Lima Campos, mesmo com a precariedade dos equipamentos urbanos
HONÓRIO BARBOSA REPÓRTER
e` uma pena que Lima Campos esteja assim ;;cade as autoridades dessa cidade, na eleicao td mundo promete mundos e fundos e depois que ganham esquece ?? vamos la` autoridades preservem com amor o nosso patrimonio...fika a dika de uma cearense de corpo alma e coracao.
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