Nesta sexta-feira, na cidade de Icó, na região Centro-Sul do Ceará, foi assinada ordem de serviço para a construção do canal de transposição de água por gravidade para o Perímetro Irrigado Icó – Lima Campos. A obra representa um sonho de mais de três décadas.
O ato foi realizado no auditório da Escola Técnica, em Icó, por representantes do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS), através de sua diretoria estadual. A obra está orçada em R$ 16 milhões.
Estiveram presentes ao evento centenas de irrigantes de todas as comunidades do Perímetro Irrigado Icó Lima-Campos, lideranças comunitárias, sindicatos de categoria da sociedade civil, comerciantes, empresários, vereadores, presidentes de associações e políticos.
PARA ENTENDER O PERÍMETRO.
O Perímetro Irrigado Icó-Lima Campos foi implantado em 1973 com a idéia de transformar a economia agrícola da região Centro-Sul do Ceará. Seria a redenção para centenas de pequenos produtores. Após três décadas e meia, o quadro é totalmente adverso. Hoje os colonos enfrentam a paralisação das atividades. A infra-estrutura é precária, canais quebrados, vazamentos, dívida com a Coelce superior a R$ 9 mil e apenas 30% das áreas de produção são irrigadas. Somente para recuperação de canais e lotes são necessários R$ 4,3 milhões.
Na última década, os problemas de infra-estrutura se agravaram. Houve investimentos na recuperação de parte dos canais, mas não foram suficientes para garantir a retomada da produção. Diques de proteção, parte dos canais e áreas de plantio foram quase todos destruídos.
Na última década, os problemas de infra-estrutura se agravaram. Houve investimentos na recuperação de parte dos canais, mas não foram suficientes para garantir a retomada da produção. Diques de proteção, parte dos canais e áreas de plantio foram quase todos destruídos.
Os dirigentes da Associação do Distrito de Irrigação Icó – Lima Campos (Adicol) confirmam as dificuldades enfrentadas pelos colonos.
O perímetro foi implantado pelo Departamento Nacional de Obras contra a Seca (Dnocs) com o objetivo de produzir arroz, feijão, milho, hortaliças e frutas, além da criação de bovinos. Tem uma área de 10,5 mil hectares (ha). Desse total, 2,7 mil ha foram destinados para os lotes de produção, ficando o restante para reserva florestal, terras extras, canais, estradas internas, diques e áreas de moradia.
Atualmente, apenas 30% estão produzindo, cerca de 800ha de forma reduzida, arroz, feijão, banana e pequena área de goiaba. Essa é beneficiada por receber água por gravidade do Açude Lima Campos.
O sistema de bombeamento está paralisado em face de defeito em algumas bombas e do acúmulo de uma dívida em torno de R$ 9 mil para com a Coelce. observa.
Em outras ocasiões, esse problema já foi resolvido por meio de convênio e ajuda da Prefeitura, Governo do Estado e do próprio Dnocs.
Os colonos da margem direita do Rio Salgado, onde estão os conjuntos Pedrinhas, GH 1 e 2, NH 2 e 3 e KL são os mais prejudicados. Ocupam quase dois terços do perímetro e, sem irrigação os lotes estão improdutivos.
Fonte: Honório Barbosa ( Diário do Nordeste)
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