Açude Lima Campos
Autor: Lúcio Lima
As águas que me criou hoje vejo esverdear
Vejo o gado com fome vejo açude secar,
Vejo a tristeza na face de quem chega a visitar
O nível de água baixo começa a prejudicar
Até mesmo
o tratamento que não consegue tirar
Toda cor
e o mal cheiro que a mesma chega exalar,
Mas já tivemos fartura quando o açude sangrava,
Quando o inverno era bom a coisa também ficava
Tinha fartura de peixe até minha vó pescava
Tinha uma variedade de peixe quando sangrava,
A riqueza era grande ninguém nunca lamentava
E bom mesmo era o banho na "Ispuminha"
ou na "Caixa"
Tinha renda o município quando a semana findava
Lotavam-se os balneários enchiam se as
peixadas,
Turistas de todo canto visitavam
Lima Campos quando o açude sangrava
Hoje a coisa e diferente ta tudo modificado
Mais vamos pedir a Deus,
Que olhe pra o nosso lado pra mandar
Um bom inverno aqui pra o nosso estado
Com fé em são Sebastião a coisa vai melhorar
Vai começar a chover o sertanejo plantar,
E se Deus
quiser para ano o açude vai sangrar.
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