Vou contar um pouquinho da minha história pra vocês. Eu comecei a cantar com 7 anos, desde então não parei mais. Meu pai sempre muito atencioso para esse lado musical, foi estimulando cada vez mais cada interesse sobre música que eu demonstrava. Aos 7 anos participei de um programa de TV Na boca da viola com Pedro bandeira, depois disso fui perdendo mais o medo das câmeras e das pessoas que paravam para olhar. Eu não era essa menina pra frente que sou hoje, pelo contrário tinha muita vergonha. E meu pai sempre pegou muito no meu pé com isso.
Fui ficando maior, e ele começou a me levar para as serestas, colocando cada viagem uma música pra mim, e quando percebi já não conseguia mais viver sem aquilo. Me tornei sua parceira, assessora, contadora, segunda voz, e chata por afastar todas as fãs que queriam um pedacinho seu. Por onde nós passávamos ele espalhava a mesma história “ quem tiver raiva de mim, irá sofrer. Terá que aguentar Anete de João Dino por mais 30 anos pela frente.” Nós riamos daquilo, e eu me tranquilizava, pois tinha em mim que isso ia demorar muito, e eu iria ter tempo pra isso.
Enfrentamos 2 anos de pandemia, e ele assim se reinventou com lives, e vídeos, não suportava a ideia de ficar parado. Aprendi muita coisa nelas, algumas deram certo, outras não. Mas ele não desanimava.
Devido ao trabalho e estudos, diminui a quantidades de serestas, mas estava sempre pertinho babando e cuidando.
Há um ano ele foi para o andar de cima ( como ele mesmo dizia). E me deixou em pedacinhos bem pequenos, e tendo que ser forte e corajosa sozinha. Não tinha mais a minha pessoa aqui comigo, que blindava toda e qualquer preocupação que eu pudesse ter. Hoje eu consigo afirmar com certeza que sim, terá mais 30 anos pela frente do repertório mais gostoso de se ouvir. E por onde eu for, eu sei que ele estará comigo.
Texto aleatório, mas importante pra mim.
JD/AD
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